Por: Kadu Santoro.
Como dizia um velho mestre Zen: “se não despertarmos, seremos como fantasmas agarrados a sementes”. Diante desta afirmação, percebemos que dependendo da forma que nos apresentamos, seja como figuras imponentes, vestidas com este ou aquele traje, podemos ser capazes de fazer comentários a respeito de qualquer tipo de escrituras ou doutrinas, seja ela cristã, budista, hindu etc., podemos ter suportado todas as formas de austeridade e provações, ter visitado vários tipos de mestres e sábios, estar supostamente iluminado, realizado em todos os sentidos, porém, não passamos de meros buracos negros camuflados.
O despertar é a mais sublime e profunda experiência que um ser humano pode ter. Esse processo começa pelo conhecimento de si próprio, como “alguém no mundo”. O despertar é a realização da nossa humanidade, ele significa que a nossa busca espiritual não é uma tarefa que apenas as pessoas dotadas podem atingir. Ao contrário, as pessoas que para o mundo são consideradas altamente espiritualizadas, geralmente são tão ligadas às suas próprias convicções, dogmas e crenças que são como moscas presas numa teia.
Todos nós temos o potencial inato para experimentar o despertar. Cada um de nós, desde o início, é inteiro e completo (Imago Dei), e tem tudo o que é necessário para perceber isso, habita em nós uma centelha divina, que precisa ser despertada, porém, o caminho do despertar não é fácil, exige um grande esforço e determinação interior para poder alcançá-lo.
É necessário nos desnudarmos completamente, devemos nos livrar de todo o ranço colocado em nós através da sociedade, das religiões e seus dogmas. Devemos começar a olhar a vida de forma mais contemplativa e seguirmos as intuições que nos vem através da nossa expansão de consciência. A grande “queda do homem” narrada na Bíblia, nada mais é do que o afastamento do homem da essência primordial e da natureza de Deus. Através da experiência do despertar, passaremos a viver uma vida plena e restaurada em comunhão com o criador.
Busque a cada dia despertar, e viva a verdadeira união com Deus.
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